domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sobre sonhos, comunicações e ajuda

Tenho pensado: até que ponto vai nossa capacidade de ajudar? Até que ponto vai nosso envolvimento com uma pessoa que teoricamente já "saiu" de nossas vidas? Até que ponto os sonhos são alertas, mensagens, sinais?
Tenho sonhado muito com uma pessoa que já se foi dessa existência. Sonhei uma vez com ele, logo após o seu desencarne. Um sonho lindo, verdadeiro. E agora, em um curto espaço de tempo, os sonhos voltaram, mas ele não aparece nos sonhos. Mesmo assim, sei que tenta se comunicar. Estranho pensar que não fomos extremamente próximos...
Fico pensando: como posso ajudar você? O que você quer me dizer? Quer falar algo pra alguém?
Imagino que deva ser profundamente angustiante quando os desencarnados tentam se comunicar e as portas parecem todas fechadas. Sei que existe hora certa pra essas comunicações, que vai do adiantamento do espírito, da sua compreensão, da sua aceitação e do seu progresso, mas até que ponto o nosso entendimento como encarnados, o nosso discernimento e compreensão podem ser responsáveis pelo sucesso dessas comunicações? Será que eles estão só esperando que a gente perceba isso de maneira mais sensível e pare de buscar uma desculpa pro que está exatamente claro e límpido como a água?
Tenho certeza de que você já foi resgatado depois do seu desencarne e imagino que deva ser tudo muito diferente daqui. Mas sei que seu bom humor vai ajudar você...
Eu só queria saber se eu posso te ajudar, se esses sonhos querem realmente dizer alguma coisa... Mas como?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Tempo

O tempo. Como é carinhosa a força do tempo. Como balsamiza nossas feridas, como acalma os corações, como nos devolve a serenidade.
O tempo tranquiliza, revigora, faz nos ver coisas que antes eram imperceptíveis aos nossos olhos.
Coração. O maior beneficiado pelo tempo.
O tempo nos mostra que o orgulho de outrora era sem sentido, que tudo aquilo que parecia imenso e sem cura, torna-se pequenino, curável, raciocinável.
Hoje vi melhor o poder do tempo. Se antes eu fosse como hoje, teria sido mais serena, menos impulsiva. Mas sei que só o tempo poderia fazer-me assim. Não há do que reclamar. Era o que eu podia enxergar naquela época, era onde minha sensibilidade podia alcançar. Não me martirizo mais, hoje vejo que as coisas são sempre como elas deveriam ser. Que as coisas estão onde devem estar, da maneira como Deus permitiu que fossem. Se  fossem pra ser de outro jeito, Ele seria o primeiro a mudar o curso das coisas.
Por isso temos que aceitar. O tempo é o sopro de Deus. É a mão de Jesus curando nossas feridas, o remédio santo que ele destinou aos homens. Algumas vezes demora mais, mas sempre passa.
Tempo, és meu amigo. Obrigada.

Quando não posso fazer nada...


Existem momentos em nossas vidas que nos vemos impotentes para agir em determinadas situações.
" Não posso fazer nada" dizemos com grande desânimo. São aqueles momentos onde vemos um amigo em dificuldade e não temos como ajudá-lo, quando vemos nossos entes queridos atravessando um mar de angústia e por mais que tentamos pegar a dor deles pra nós, é tudo em vão.
"Não posso fazer nada", dizemos com lágrimas nos olhos, sentindo o peso da impotência.
Como assim "não posso fazer nada"? Posso sim, tenho um grande poder dentro de mim, que é o poder da fala e da oração.
Posso falar com ele, posso conversar. Os conselhos que damos, muitas vezes são irmãos espirituais mais elevados que nos inspiram e palavras de amor e ajuda fluem através de nossos lábios, com a maior facilidade.
Mas existem aqueles que vão dizer " ah, mas não sou bom de conselhos". O conselho vem do âmago, não precisa ser pensado e raciocinado com rigor. São palavras que fluem do nosso coração, da nossa preocupação e boa vontade em ajudar.
Mas se você ainda insiste que não é bom com palavras, existe algo que não falha: a oração.
O poder da oração rompe todas as distâncias, atravessa mares, montes, rui pensamentos negativos, penetra nos corações daqueles que sofrem e lhes fortalece o espírito.
Se você não consegue aconselhar seu irmão, seu amigo, não consegue exprimir em palavras tudo aquilo que deseja, sua vontade em ser útil e seu pesar por não poder ajudar como gostaria, deposite aos pés de Jesus as suas incertezas e certezas. A oração, quando sincera, é bálsamo universal. Toda a espiritualidade se beneficia com o poder da oração.
Não precisamos de fórmulas para orar. As orações já existentes, aquelas que aprendemos na igreja, no centro espírita ou em tantos outros recantos da alma, são muito benéficas, mas não podem ser apenas palavras vãs ditas com a boca, sem o apelo do coração.
Essas orações trazidas por Jesus e por outros irmãos, são um leme, que devem direcionar nosso pensamento e nossa boa vontade.
Mas existe um jeito muito fácil de orar e que as pessoas ainda não perceberam: conversando com Deus.
Sim, conversando com Deus, Jesus, com Mãe Maria, com a espiritualidade. Abrindo seu coração e sua alma. Deus não nos julga, Ele nos ouve e sabe o que vai no íntimo de cada um de nós. Jesus, Ele que já esteve entre os homens, conhece as misérias e aflições do nosso espírito.
Abra seu coração pra Deus, abra seu espírito pra Jesus. Confesse tudo aquilo que vai na sua alma, assim como se faz a um amigo. Jesus é nosso irmão e amigo. Por que ainda não percebemos a proximidade dele conosco?
Ele está presente em tudo em nossas vidas, no ar que respiramos, no alimento a nossa mesa, no sorriso ingênuo de nossas crianças. Ele nos acompanha e sabe das nossas aflições.
A oração ter poder. Restabelece o espírito, acalma o coração, traz conforto e segurança para nossos dias, nos aproxima de Deus e nos dá esperança.
Quando estiveres em momentos de agonia, onde a impotência assolar vosso espírito e dizeis "não posso fazer nada pelo meu irmão, pelo meu amigo", desviai esse pensamento, substituindo assim " posso ajudar meu irmão, se não for com a conversa e os conselhos vindos de meu coração, será com o poder da oração. Obrigada Deus, obrigada Jesus por me darem essa benção de poder orar e auxiliar, ainda que de forma mínima esse meu irmão que agoniza as provas da vida".
Que assim nos possamos ter em mente que sempre podemos ajudar. Não somos justiceiros do mundo, mas somos obras do Mestre Jesus e trazemos dentro de nós a semente maior de seu amor: o poder da oração.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O pedido, o sinal e Andrea Doria

Pedi, pedi, pedi e nada veio.
Um sinal, Meu Deus, um sinal que eu estava no caminho certo.
Nada acontecia.
Eu já era espírita e sabia que a espiritualidade nos ouvia. Pedi pra sonhar com algo que me desse certeza. Eram momentos difíceis os que eu atravessava e eu só queria um sinal de Deus, algo que me desse força, sei lá, eu estava desesperada, buscando um sinal.
Pedi pra sonhar com algo que me desse uma luz, tirei colar, anel, qualquer coisa que impedisse meu espírito de sair do meu corpo ao dormir. Dormi de barriga pra cima pra poder sair com mais facilidade e nada. Orei e nada.
Senti-me perdida. No dia seguinte estava desiludida, sentia-me abandonada a própria sorte e a margem dos meus erros. Jesus, eu havia errado mesmo, mas tinha que ser abandonada? Onde estaria meu mentor, onde está a espiritualidade?
Fiquei triste e desanimada. Nenhum sinal, nenhuma mensagem. 
Então, alguns dias depois, não me lembro exatamente quantos, eu dormi sem rezar, sem expectativa, julgando estar só nesses momentos difíceis.
Foi então que sonhei com a minha avó, minha vózinha querida que eu não conheci, mas que desde sempre me acompanha, vovó Maria Helena.
Sonhei que eu estava numa estação de trem muito agitada e as pessoas passavam tão depressa por mim que eu não podia nem lhes ver o corpo. Era muito rápido mesmo. Então, dentre essas pessoas, minha vó se destacou, mas assim como eles passou muito rapidamente por mim e eu só pude compreender duas palavras "Andrea Doria".
Acordei confusa e feliz ao mesmo tempo. Devia ter estado em algum lugar da espiritualidade, pois sei que lá o tempo passa mais depressa. Tinha visto minha vózinha, Deus é bom mesmo. Senti-me mal em pensar que estava desamparada. Mas e aquelas duas palavras que ainda ressoavam na minha cabeça, o que significariam?
Lá fui eu me utilizar do mais maravilhoso recurso da internet, o Google ( risos).
Joguei "Andrea Doria" e para minha surpresa dei de cara com uma música do Legião Urbana. Na época a única música que eu conhecia do Legião era Faroeste Caboclo. Fui ver a letra.
Deus, Meu Deus, como o Senhor é perfeito. Lágrimas sentidas rolavam pela minha face. Eu lia e relia, relia, relia e chorava. Fazia tanto sentido pra mim, tanto, tanto. Como pude pensar que estava desamparada?
O refrão da música foi o que mais me tocou, era assim.


"Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada."


Cada vez que eu lia sentia que aqueles dias que eu me senti sozinha eram necessários para minha reflexão. Eu só não podia ter desanimado daquele jeito, devia ter confiado mais em Deus, em Jesus e na Espiritualidade. Nunca estamos sós. Se pedimos um sinal, um auxílio e achamos que não fomos atendidos, é porque precisamos encarar certas coisas nós mesmos, mas isso não significa que estamos desamparados.
Hoje, eu compreendo o porque do aparente "silêncio" que eu recebi quando pedi ajuda e hoje eu esperaria com mais resignação e fé por aquela linda mensagem que Jesus permitiu que minha vózinha amada me confortasse o espírito.
Vim dividir essa experiência com vocês amigos, porque muitas vezes achamos que Jesus nos abandonou. Pedimos e nada acontece, nenhum sinal, as coisas pioram. Mas devemos sempre ter fé, Ele, na sua infinita sabedoria, sabe o que necessitamos mais do que nós mesmos.
Para que vocês entendam melhor como essa linda música tocou meu espírito, posto na íntegra.
Obrigada a Deus por essa luz que carrego até hoje, pela doce lembrança desse sonho com minha vózinha, por permitir que ela esteja sempre ao meu lado e ao Renato Russo, que hoje acolhido na espiritualidade, receba todo o amor de Jesus.

Andrea Doria - Legião Urbana

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...
Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...
Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...
Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...
Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...
Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...
Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...
Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...




Ninguém é de ninguém

Constantemente dizemos que as pessoas são nossas. Os pronomes possessivos aprendidos desde pequenos nos indicam isso. Desde muito pequenos somos incitados a dizer MEU, MEU, MEU.
Sei disso porque uma das minhas irmãs, com apenas um ano e três meses anda pela casa dizendo MEU.
Não vou puni-la, nem a minha mãe, nem a mim que também ensinei ela dizer isso. Você me pergunta, onde quero chegar com essa conversa. Simples.
Nós desenvolvemos, ao longo da vida, um sentimento de posse pelas pessoas. Meu marido, Meu namorado, Minha mãe, Minha amiga, Meus irmãos, Meus amigos. Meu, é tudo meu, eles são meus.
Mas, com a chegada de algumas experiências muitas vezes dolorosas, caímos em triste desilusão quando percebemos que não, ninguém é de ninguém.
Não temos posse sobre as pessoas e por mais que juremos de pés juntos que aquela pessoa é nossa alma gêmea ou qualquer coisa parecida, não, ela não é. Assim como eu, como você ela é um espírito livre. Foi criada da unicidade que Deus deu a cada um de nós.
Esse sentimento de posse, muitas vezes surge do excesso, veja bem, excesso de um sentimento bom. Quando queremos proteger demais, cuidar demais para que aquela pessoa que amamos não sofra, nós tentamos retê-la sob nossos cuidados, muitas vezes sufocando as próprias experiências.
Que nós possamos compreender que as pessoas precisam viver suas próprias experiências e se Deus julga útil que aquela pessoa que amamos passe por elas, não será nosso cuidado excessivo nem nossa posse que vai impedi-la disso.
Nisso, muitas vezes nos frustramos, queremos arrancar o sofrimento dela e tomá-lo para nós mesmos. E as mães? Ah, as mães sempre querem arrancar o sofrimento dos filhos, criaturas abençoadas que são.
Lembro que, muitas vezes em choros convulsivos de dor, minha mãe me abraçava muito forte, como se quisesse tomar minha dor para si.
Mães, não sofram tanto. Entendam que seus filhos devem ter suas experiências e que sim, algumas delas serão tristes e dolorosas, mas se Deus não permitisse que eles passassem por elas, seria o primeiro a impedir que acontecessem.
A posse é maléfica ao nosso espírito. Somos todos espíritos livres e se estamos unidos é pela nossa afinidade, nossa simpatia e pelo amor.
Esse sim é o laço indestrutível, que atravessa vidas, tempo, épocas, distância e tudo mais que pode separar-nos se não estamos unidos por esse laço sagrado.
Mas também, o irmão doente do amor, o ódio, une nossas almas.
Por isso não devemos guardar rancor, mágoa ou quaisquer sentimentos maléficos ao nosso adiantamento.
Perdoar sempre, odiar nunca.
Por mais difícil que pareça perdoar. Por mais difícil que seja, devemos nos desapegar da posse.
No fim, somos todos um, somos todos iguais, vindo do mesmo Pai Divino e Amoroso, Que é Mãe, Pai, Irmão, Filho.
Não são os laços de posse que nos unem e sim o Amor. E que ele prevaleça e seja a maior fonte de luz dentro de nós.

Somos todos devedores

Estamos todos em dívidas. Calma, meus amigos, isso não é uma cobrança e sim, uma constatação.
Tudo que nos foi dado é um empréstimo de Deus, pois quando nosso espírito se libertar do corpo material, nada levaremos conosco, apenas nosso aprendizado, nossas experiências e o amor.
Você para e pensa, o que eu estou querendo dizer com isso, né? Pois é. Vamos pensar primeiro em nosso corpo físico.
Deus permitiu que tivéssemos cada um o corpo que merecia, segundo seu adiantamento. O corpo que Deus nos deu, para que possamos ter as nossas experiências terrenas é nosso sim, mas depois o devolveremos ao seio da Terra. Deus nos emprestou e cabe a nós cuidar dele. Assim como quando emprestamos um carro. Se devolvermos o carro ao proprietário da mesma maneira, sem arranhões e problemas mecânicos, ele nos felicitará e confiará em nós. Mas se o entregarmos cheio de riscos, problemas e batidas, caberá a nós mesmos, arcar com esse prejuízo.
Assim é com nosso corpo físico. Deus nos deu ele, perfeito ou não, nós deveremos cuidar para que ele se melhore e não sofra com abusos, seja de qual ordem forem.
Quem nunca bebeu demais e no dia seguinte sentiu-se mal, mas não mal fisicamente... Mal moralmente. Sentiu-se devedor, imprestável. Não sabemos cuidar bem do nosso próprio corpo, que é a morada de nosso espírito, o que dirá do resto?
A nossa condição financeira também é algo que Deus nos empresta. Assim como na parábola dos talentos, onde o patrão cobra de seus empregados o que foi feito com o dinheiro que lhes foi destinado, Deus cobrará de nós o que foi feito com os bens que ele nos concedeu.
Acaso nós teríamos enterrado nosso tesouro, assim como o mal servidor da parábola dos talentos? Ou teríamos multiplicado, como o bom servidor?
E aquele, Senhor, que nada é dado. O que fará ele, frequentemente pensamos.
Na minha ignorância e pequenez espiritual, acredito que deve lutar pelos seus objetivos e que se foi privado, seja do que for, deverá pedir perdão e agradecer a expiação imposta, porque todo sofrimento é sinônimo de dívida, e toda dívida paga é sinônimo de libertação. Mesmo o pouco que lhe foi dado, será devolvido a Deus, o valor de sua existência são será avaliado pelos seus bens, terras ou posses e sim pelo aprendizado e grandeza de seu espírito.
De que nos vale a fortuna se ela nos causa a ruína? De que nos vale a miséria se nos revoltamos?
As condições que viemos podem ser difíceis, mas Deus não ama mais o pobre nem mais o rico. Deus irá sorrir se ambos conseguirem superar suas limitações e suas dificuldades, se entristecerá se eles falharem, mas como Pai Misericordioso, dará a eles uma nova oportunidade de recomeçar.
Nada do que temos é nosso. Tudo nos foi emprestado segundo nosso merecimento para nossa vida entre os encarnados. Porém, tudo o que fizermos ficará gravado em nosso espírito e isso sim, levaremos para sempre conosco.
Somos todos devedores, mas Deus não é cobrador cruel e implacável, e sim Pai amigo, que perdoa, nos entende e sempre nos dá uma nova chance. Bendito seja Teu Nome.
Que possamos aprender todos os dias, cuidar bem do que nos foi emprestado e assim, devolvermos com cuidado e carinho aquilo que nos foi dado com amor e segundo nosso merecimento.

Influências

Vivemos cercado por influências. Somos seres influenciáveis.
Somos influenciados pela nossa família, pelos nossos amigos, pela nossa sociedade. Somos influenciados pelo ambiente que vivemos, por ambientes que passamos, por tudo que nos rodeia.
Se somos influenciados por tudo que nos é visível, quem dirá que não somos influenciados pelo invisível?
Alguns de nós podem se assustar, podem sentir-se marionetes, mas cabe a nós permitir o que vai nos influenciar.
Para tudo neste Universo de Deus existe o bem e o mal. Cabe a nós, em nosso livre arbítrio, escolhermos o que queremos pra nós. Constantemente somos indagados por questões como: " Mas eu não fiz nada para que isso acontecesse em minha vida, por que está acontecendo, então?".
Certamente não sabemos o motivo claro, mas para tudo que acontece há um porque.
Podemos achar muitas vezes que não somos responsáveis, que aquilo que nos acontece é uma fatalidade da vida, do destino, etc. Mas na verdade, nós que atraímos aquilo para nós.
Nós nos permitimos sermos influenciados por coisas boas ou más. Nós, com nosso pensamento e nossos atos atraímos essas energias.
Não somos vítimas da vida, não somos vítimas de ninguém. Somos responsáveis por tudo que nos ocorre, mesmo que muitas vezes seja extremamente difícil compreender e aceitar isso.
Hoje foi um dia que me fez pensar que, mesmo sabendo que vivemos sob constante influência do invisível, da Espiritualidade Amiga e também de espíritos não esclarecidos, mesmo assim, nos deixamos influenciar.
Desde ontem eu me sentia mal. De repente uma dor de cabeça terrível quebrou meu raciocínio e como o tempo está de derreter geleiras, culpei o calor. O calor passou, veio a noite quente, porém mais amena e a dor de cabeça insistindo. Não resisti mais a ela e dormi.
Acordei hoje como se houvesse um peso de 50kg na minha cabeça. Ela doía toda, doía muito. Tomei um remédio. Devia ser enxaqueca. Dormi. Acordei novamente com mais dor de cabeça. O remédio não fizera nenhum efeito. Fui tomar um remédio mais forte, atribuindo as fortes pontadas e meu natural desânimo a algo fisiológico. Claro que não podemos atribuir todas as nossas dores a influências espirituais, mas, antes de nos entupirmos de alopatas, será que não seria melhor uma reflexão?
O que estou sentindo? De onde vem essa dor? O que me ocasionei para sentir-me assim? Teria feito algo físico ou deixei-me cair em vibrações inoportunas?
Voltei pro quarto escuro, até a luz me incomodava. De repente senti vontade de ler. Uma grande vontade de ler. "Mas estou com dor de cabeça" pensei.
Mesmo assim peguei o livro, abri um pouco as janela e deitei.
Retomei a leitura do romance espírita ditado por Lucius através da médium Zibia Gasparetto, "Somos todos inocentes".
Ao retomar as páginas, a dor de cabeça aumentava, pensei e fechar o livro várias vezes, mas queria saber o que aconteceria na página seguinte, fui resistindo, apesar da dor aumentar. Mesmo assim, não desisti, decidi esquecer da minha dor e mergulhar na história. De repente, quando vi, já havia lido vários capítulos e a dor de cabeça tinha sumido. Nas reflexões que o livro me trouxe, sobre influências espirituais, pensei que talvez a dor de cabeça não fosse de cunho físico como eu imaginava. Senti uma imensa vontade de orar. Fechei os olhos com algum medo, se tivesse sido realmente influenciada, a coisa não era muito boa, porque fez-me sentir uma terrível dor. Mas tinha que ser mais forte, Jesus é amor para todos nós. Orei. A dor passou de vez mesmo. Abri as janelas revigorada, pensando que se quisesse seguir nos caminhos do Espiritismo não poderia me render as influências negativas. Tinha que lutar contra a dor, o desanimo, a preguiça.
O Sol iluminou meu quarto. Olhava para luz sem incomodo. Tudo tinha passado. Pensei que me deixe influenciar, não podia mais agir assim.
Evidentemente que alguns momentos nos deixamos fraquejar, mas a nossa fé deve ser maior que isso. Tinha que me blindar, manter bons pensamentos e afastar os maus.
Daí a ideia surgiu... Por que não escrever um texto sobre influências?
Mas só um texto? Por que não um blog sobre Espiritismo, já que é um assunto que eu amo, me sinto bem e gosto de explanar sobre ele?
Pois é... Aqui estamos. E aqui continuaremos. Cada dia um aprendizado, por menor e insignificante que pareça, aprendemos a todo momento.
Somos tudo aquilo que desejamos atrair para nós, mesmo que as vezes, inconscientes disso. Devemos ter controle da nossa mente, nossos pensamentos e nosso espírito. Tudo pode nos influenciar. Somos como nossa casa, nós permitimos quem entra nela ou não. Nossos pensamentos devem seguir a mesma linha.
Que a paz de Jesus esteja sempre em nossos corações e que possamos aprender cada dia mais.

Início...

Foi a segunda grande vontade de escrever sobre Espiritismo que me fez criar esse blog.
Segunda grande vontade... É, acho que não foi a segunda grande vontade não. Na verdade, sempre quis escrever sobre o Espiritismo. Antes queria escrever livros baseados na Doutrina. Quantas a quantas histórias não comecei. Donzelas, tramas românticas, Egito Antigo, dívidas, reencarnação, mas nada saía do papel. Não estava pronta. Não que agora esteja, mas acho que consigo trazer meus pensamentos com mais clareza pro plano "material" das ideias.
Eu já tenho um blog, mas ele já é variado demais. Queria dar atenção especial para esse assunto que guia minha vida, que é meu leme em todos os momentos.
Quero deixar claro que os textos que vocês verão aqui não são fruto de experiências mediúnicas minhas, e sim, fruto da minha vontade, curiosidade e interesse pelo tema. Sinto que, de alguma forma, colocando os pensamentos aqui, algumas coisas podem ficar mais claras pra mim.
Não quero ser dona da verdade, nem propagadora de conceitos, sou apenas um grão de areia em busca de aperfeiçoamento. O que trarei em meus textos será a minha versão sobre as coisas, o meu olhar, minhas impressões e minhas experiências. Por isso o nome "Espiritismo e eu".
 Aqui, também pode ser uma boa oportunidade de dividir experiências, conceitos e afins.
Sinto-me animada, espero que flua...
Que a Espiritualidade Amiga esteja sempre conosco, que Jesus nos abençoe e que seja feita a vontade de Deus.