sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sexta Feira Santa e as bençãos de Jesus


Há alguns anos a Sexta Feira Santa ou Sexta Feira da Paixão costumava ser um dia de lágrimas e sofrimento para mim.
Não consigo explicar a sensação que me tomava, sei que desde ao acordar, sentia o coração oprimido e a garganta afogada em pranto.
Lembro-me que a sensação piorou logo após um sonho meu, o qual eu presenciava a crucificação de Jesus.
Até hoje sinto o coração de certa forma enlutado. Depois que me encontrei no Espiritismo e passei a ler com frequência os romances históricos de Emmanuel, que relatam em muitos detalhes e emoção os momentos de agonia do caminho do Gólgota, do dia do Pentecostes, as narrativas me sensibilizava ainda mais.
Chorava ao pensar que o nosso amado Mestre Jesus teria sofrido agonias atrozes pelas mãos de verdugos cruéis. Como poderiam eles colocar o Filho de Deus, o Cordeiro de Amor e Paz numa cruz infame? Como teria sido sua dor, negado pelos apóstolos, traído, tendo sido vítima de uma massa de insanos e enfurecidos, que nem sequer sabiam o que estavam fazendo, condenando o Maior Homem que já passou pela Terra?
Sentia-me qual viúva enlutada e revoltada com a dor. Sofria o dia todo. Recolhia-me em prece e textos tristes e dolorosos, tentando aliviar a sensação.
Confesso aos amigos que mesmo hoje, pensando nos martírios de Jesus, meu coração se oprime um pouco e sei que muitos amigos e amigas, espíritos mais sensíveis até, se emocionam muito com a comoção que essa data traz as nossas lembranças de outras vidas.
Mas essa Sexta Feira Santa tem sido mais amena. Procurei entender e estudar mais o sentido da Páscoa para a Doutrina Espírita e foi com grande conforto que encontrei a consolação em novas visões para esses dias tão sensíveis.
Hoje, vejo a data do Calvário como uma grande luz que o Mestre, em sua infinita bondade e misericórdia, se propôs viver, porque nós, espíritos ainda em evolução, não somos capazes de compreender apenas pelo amor. Seria preciso que Jesus se fizesse homem entre nós, descesse do mais absoluto e elevado plano da Espiritualidade para se fazer humilde carpinteiro entre os homens cruéis e sem compreensão. Ao se fazer humano, o Mestre se fez humilde e piedoso e dessa forma nos sentimos mais próximos Dele. Sabemos que Ele esteve aqui, que conviveu com as misérias dos nossos corações viciosos e forjados no erro e mesmo assim, entregou-se ao testemunho de fé, para nos fazer compreender a maior lição de todos os tempos: a morte é apenas uma passagem. A morte não existe. O que existe é o adeus ao corpo carnal, mas o espírito é eterno e é ao se desprender da matéria que começa a nossa Verdadeira Vida, nas moradas do Pai Celestial.
O dia de Pentecostes, assim como o sábado de Aleluia e o Domingo de Páscoa são dias em que devemos refletir mais ainda na mensagem de Amor e Perdão que o Cristo no deixou.
É a esperança que nada acaba com a morte, por isso Ele mesmo voltou e se mostrou, primeiro a Maria de Magdala, que por seu Amor Devotado a Ele saberia compreender a perfeição da aparição de Jesus, e posteriormente Ele se mostrara aos apóstolos e depois ainda a viajantes.
Nessa época devemos procurar entender que Jesus ressurge, mais vivo do que nunca, trazendo-nos a perfeição, a beleza e a compreensão da sua mensagem Divina. O amor, o perdão, a esperança, a fé, a caridade, a humildade, a resignação, a compreensão.

Somos chamados a compreender que nós também temos o nosso caminho do Gólgota e a nossa cruz para carregar, mas felizmente temos o apoio do Divino Crucificado em todos os momentos de nossa vida e após ela também.

É por isso que hoje, na confiança sincera da Mensagem de Jesus na Terra, procuro manter o pensamento elevado e confiante, certa de que Ele me auxiliará assim como estende suas bençãos infinitas sob todos nós e sob o nosso lindo Planeta Terra.
Aqueles que sofrem, que possamos ser qual Maria, Divina e Santíssima, que mesmo tendo seu filho na cruz, elevou o pensamento e a confiança a Deus Pai Todo Poderoso. Que possamos encontrar na oração e no Evangelho do Divino Cordeiro de Deus toda confiança, amor, esperança, resignação e paz que nosso espírito necessita. E que possamos caminhar na direção do Amado Carpinteiro, do Filho de Deus Vivo, do Consolador Divino, Mestre de Amor, Jesus de Nazaré.




" Em verdade, em verdade vos digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." 


PS: Amigos, sei que a figura de Jesus e inimaginável aos nossos olhos, mas quis colocar essa representação de como ele seria sorrindo, se pudéssemos vislumbrar, para que possamos ter uma mensagem de alegria e paz. 

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